Real


Me encantaría
Quisesse, pra começar, me declarar no jardim
Te entregar um anel legendario
e beijar-te a mão.

Sim, iríamos em carruajes ou a cavalo
A gente dançaría com elegancia
Aplaudiriam-nos
Cortejaría-te com discrição,
sorrindo serenamente.

Ia ser magnífico
Teríamos muitos animais
Não lembraria-me dos teus vestidos todos
Mas sím do guarda e seu nome…

Me encantaria, falando sério
Te ver assim com penteados raros e vestidos q se arrastam
Me ver assim… comprimentando aos convidados
Trocando enigmas com teu mordomo.
Enviaria-te segredos com as mucamas

Convidaria-te ás minhas ocupações reais
Te sentarias com teu leque á me ver jogar, lutar ou dar na mosca
Me verias afastar desde o balcón, levantaria meu cavalo para a lua…

Raptaría-te em ocasiões (você ia ajudar)
Escondería-nos
Os bosques e os vales pareceriam acuarelas
Até musicais... Iamos rir enquanto o rei sermonea-nos.

Ia ser...
Mas teu lenço não cai em câmera lenta
E eu não tenho umas costas q possan-se inclinar tantas vezes…
Nunca tenho estado num parlamento, nem concedí uma audiência.

Assim sem trombetas, nem redoblantes
Sem medalhas no meu vestido, nem espada no meu cinto
Te buscando a pé
Despenteada.

Sem aparecer em estampillas
Sem banquetes
Almoçamos no prado?
Não faria-te me esperar… as guerras às que vou são comigo mesmo.

Entre a multidão e sem sombrilla
Sentemos-nos na plataforma
Sujos os zapatos, vacios os bolsillos
Meu reino no teu sorriso.
Ia brilhar minha armadura imaginaria.

Ia me nomear o teu príncipe multicolor?

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